Primulaceae

Myrsine hermogenesii (Jung-Mend. & Bernacci) M.F.Freitas & Kin.-Gouv.

Como citar:

Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Myrsine hermogenesii (Primulaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

715.895,52 Km2

AOO:

200,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Freitas, 2018) com ocorrência nos estados da BAHIA, municípios de Almadina (Coelho 627), Arataca (Fiaschi 2807), Camacã (Rocha 1130), Coaraci (Paixão 562), Santa Cruz Cabrália (Matos 115), Una (Jardim 194); ESPÍRITO SANTO, municípios de Cariacica (Alves 2349), Santa Teresa (Demuner 1461); PARANÁ, municípios de Cândido de Abreu (Marquesini s.n.), Guaraqueçaba (Athayde 202), Guaratuba (Engels 1537); RIO GRANDE DO SUL, município de Torres (Camargo s.n.); RIO DE JANEIRO, municípios de Magé (Nadruz 2066), Nova Friburgo (Baez 681), Nova Iguaçu (Negreiros 74), Petrópolis (Góes 87), Rio de Janeiro (Paulino s.n.), Teresópolis (Seeles 836); SANTA CATARINA, municípios de Itapoá (Negrelle 273), Jacinto Machado (Verdi 2729), Massaranduba (Vieira 2196), Morro Grande (Schmitt 2361), Urussanga (Verdi 3442); SÃO PAULO, municípios de Apiaí (Rodrigues s.n.), Cananéia (Barros s.n.), Cotia (Catharino s.n.), Eldorado (Árbocz 32717), Iguape (Catharino 406), Itanhaém (Romão 709), Miracatu (Pastore 639), Pariquera-Açu (Ivanauskas 921), Ribeirão Grande (Árbocz 549), Santo André (Sugiyama 680), São Paulo (Handro 2), Tapiraí (Souza 35030), Ubatuba (Bertoncello 57)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 10 m, endêmica do Brasil (Freitas, 2018). Popularmente conhecida por capororoca-carvalho e pororoca-do-mato, foi coletada em Floresta Ombrófila associada a Mata Atlântica nos estados da Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Apresenta distribuição muito ampla, EOO=621571 km², constante presença em herbários e ocorrência dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral. Apesar da incidência de vetores de stress severos na Mata Atlântica nos estados de ocorrência (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018; Lapig, 2018), não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos. Assim, a espécie foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) e conservação (manutenção e garantia de efetividade de UCs) a fim de se garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2016
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Bradea 10(1): 2. 2004

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Detalhes: Árvores com até 10 m de altura (Freitas, 2015), que habita a Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila (Freitas, 2018).
Referências:
  1. Freitas, M.F. & Kinoshita, L.S. 2015. Myrsine (Myrsinoideae- Primulaceae) no sudeste e sul do Brasil. Rodriguésia 66(1): 167-189.
  2. Freitas, M.F., 2018. Myrsine in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101411 (acesso em: 23 de novembro 2018).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future national high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present,future national high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat past,present,future national high
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2003).
Referências:
  1. Somões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
Foi coletada nas seguintes UCs: PARNA Serra das Lontras (Daneu 618); RPPN Serra Bonita (Rocha 1130); Reserva Biológica Augusto Ruschi (Vervloet 215); Reserva Biológica de Duas Bocas (Alves 2349); Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Pardo 1753), Parque Nacional da Tijuca; APA Macaé de Cima (Baez 681); REBIO Tinguá (Negreiros 74); Parque Estadual da Serra do Mar (Gomes 355); Reserva Biológica do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (Silvestre 226); Parque Estadual de Jurupara (Pastore 639); Estação Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba (Sugiyama 680).